sexta-feira, 10 de abril de 2009

A CANÇÃO DA VIDA

Há canções que penetra na alma
Faze-nos mergulhar no passado
São histórias jamais contadas
Que não foram publicadas
Nas rosas apenas espinhos
Ferindo-nos cada vez mais.

Há palavras escritas nas canções
Que nos traz alguma lembrança
Dos passos que já foram dados
Das injúrias corrompidas
Acordos não registrados
Pelas leis dos sentimentos.

Há momentos que ficaram
Presos no mundo da inocência
Como sentir pela primeira vez
O gosto de poder caminhar
O prazer de conseguir falar
O sabor do então primeiro beijo.

Há imagens repetidas nos sonhos
Reproduzidas pela mente
Da primeira professora
Do jogo de futebol no terreiro
Da dança sem ritmo na lama
Sentir as lágrimas de um adeus.

Há uma esperança em cada um de nós
Buscando o brilho da nossa verdade
Quantas vezes choramos ao cairmos
E dormimos angustiados
Um afago, uma palavra amiga
Tornar-se num porto de amor.


Há pendurada lá no imenso céu
Uma estrela que transmite a Fé
É como querer ao longe voar
Quando nem conseguimos daqui sair
Porque a chuva jorra a fria água
Acalmando qualquer desespero.

Há dois tempos que não podemos mudar
O passado que nunca voltará
E o futuro que continua sendo mistério
Apenas podemos mudar o direcionamento
Do nosso desconhecido futuro
Com as atitudes do nosso presente.

Há melodias tristes que transportam a alma
Notas musicais arrancadas do coração
Rimas renascidas do fundo da mente
O alfabeto constrói qualquer palavra
Escreve qualquer história
Mas, nunca traduz a magia da infância.

Há pessoas que muito doaram
Para podermos estar aqui
Uns nos ensinaram os primeiros passos
Outros a primeira lição
Aqueles que abriram meu caminho
E estes que agora estão comigo.

(Antonio dos Anjos – Viola)
22 de janeiro de 2008

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